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👁️ Você acredita no impossível? No Estranho e Incrível reunimos histórias e mistérios sobre OVNIs, lobisomens, fantasmas, aparições, monstros, o lendário Pé Grande, a Caipora e outras lendas que atravessam gerações. Sente-se à vontade, explore nosso universo e descubra o que pode estar escondido na escuridão.
Notícias: Aparições de Ovnis fenomeno UFO
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
segunda-feira, 21 de abril de 2025
sábado, 10 de agosto de 2024
Cinco Continentes, Cinco Lendas
As lendas de criaturas misteriosas, como lobisomens e Sasquatch, variam de acordo com a cultura e a região. Aqui estão algumas das mais famosas lendas de criaturas sobrenaturais em cada continente:
América do Norte
- Lobisomem: Principalmente em regiões dos EUA e Canadá, há lendas de homens que se transformam em lobos nas noites de lua cheia.
- Sasquatch/Bigfoot: Criatura peluda que habita as florestas do noroeste do Pacífico.

Fonte: cdn.kqed.org - Wendigo: Espírito canibal dos nativos americanos, associado ao inverno e à fome.

Fonte: allthatsinteresting.com - Chupacabra: Criatura que suga o sangue de animais, avistada principalmente em Porto Rico, México e nos EUA.

Fonte: onjornal.com - Skinwalker: Nas lendas navajas, é um tipo de bruxo que pode se transformar em qualquer animal que desejar.

Fonte: allthatsinteresting.com
América do Sul
- Lobisomem: Presente em várias culturas, principalmente no Brasil, Argentina e Paraguai.
- Mapinguari: Criatura semelhante ao Sasquatch, mas com características de preguiças gigantes, encontrada na Amazônia.

Fonte: portalconteudoaberto.com.br - El Pombero: Espírito travesso do folclore paraguaio que assombra as florestas.

Fonte: listennotes.com - La Llorona: Espírito de uma mulher que chora pelos filhos perdidos, comum em várias partes da América Latina.

Fonte: vanityfair.com - Cadejo: Espírito protetor na forma de um cão, presente na América Central.

Fonte: monster.fandom.com
Europa
- Lobisomem: Lendas de homens-lobo são comuns em toda a Europa, especialmente na França e Alemanha.
- Kraken: Enorme monstro marinho das lendas escandinavas.
- Baba Yaga: Bruxa eslava que vive em uma cabana que se move sobre pernas de galinha.

Fonte: aminoapps.com - Banshee: Espírito irlandês que prenuncia a morte com seu grito.
- Selkie: Criatura do folclore escocês que pode se transformar de foca para humano.
Ásia
- Kappa: Criatura aquática do folclore japonês que vive em lagos e rios.

Fonte: darrahsteffenwrites.wordpress.com - Yeti: Criatura semelhante ao Sasquatch, habitante das regiões montanhosas do Himalaia.
- Rakshasa: Demônios ou espíritos malévolos na mitologia hindu.
- Aswang: Criatura mitológica filipina que pode mudar de forma e se alimenta de carne humana.

Fonte: mythologyvault.com - Jinn: Espíritos da mitologia árabe que podem ser tanto benevolentes quanto malignos.
África
- Tikoloshe: Espírito travesso da mitologia zulu que pode causar danos ou até mesmo a morte.
- Imbunche: Criatura deformada do folclore chilote (na África, o equivalente seria o Adze, um espírito vampírico).
- Mokele-Mbembe: Criatura semelhante a um dinossauro que supostamente habita o rio Congo.

Fonte: facebook.com/obcecadosporlendas - Eloko: Espíritos canibais da floresta, da mitologia dos povos Mongo do Congo.
- Grootslang: Serpente gigante da mitologia sul-africana.

Fonte: opensea.io
Oceania
- Bunyip: Monstro aquático que habita pântanos e rios na Austrália.

Fonte: oldworldgods.com - Yowie: Criatura semelhante ao Sasquatch, conhecida na Austrália.
- Māori Taniwha: Guardião das águas da mitologia maori, tanto protetor quanto destrutivo.

Fonte: portal-dos-mitos.blogspot.com - Moehau: Outra criatura semelhante ao Sasquatch, relatada na Nova Zelândia.
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Fonte: walkingtheshadowlands.com - Drop Bear: Criatura fictícia, contada em tom de brincadeira na Austrália, que supostamente se deixa cair sobre suas presas das árvores.
Essas lendas refletem a rica tapeçaria de histórias e crenças que compõem o folclore de cada região, muitas vezes servindo como uma forma de explicar o inexplicável ou como advertências para comportamentos socialmente indesejáveis.
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
O Cavalo Fantasma de Birigui?
O Cavalo Fantasma de Birigui
Nos anos 50 e 60, Birigui era uma cidade em expansão, com poucas casas e ainda sem iluminação elétrica em muitos bairros. À noite, as ruas eram escuras e silenciosas, exceto por um som que aterrorizava os moradores: o trotar de um cavalo invisível.
A lenda do cavalo fantasma correndo à meia-noite entre os bairros de Fátima e Santo Antônio se espalhou rapidamente pela cidade. Diziam que, em noites de céu limpo, quando o silêncio era absoluto, podia-se ouvir claramente o som de ferraduras batendo contra o chão de terra, como se um cavalo estivesse galopando a toda velocidade.
Os moradores mais antigos contavam que o cavalo pertencia a uma fazenda onde havia um escravo que, décadas antes, havia desaparecido sem deixar vestígios e o fazendeiro mesmo depois de morrer ainda o procurava. Alguns diziam que ele era um viajante solitário, enquanto outros afirmavam que era um fazendeiro que havia feito um pacto com forças sobrenaturais. O que todos concordavam era que o cavalo continuava a correr pelas ruas, como se procurasse por seu dono perdido.
Antônio, um garoto curioso de 09 anos, adorava ouvir as histórias contadas por seus avós sobre o cavalo fantasma. Embora a lenda trouxesse medo a muitos, ele estava determinado a desvendar o mistério. Em uma noite sem nuvens, ele decidiu esperar do lado de fora de sua casa no bairro de Fátima, ansioso para ouvir o som do cavalo.
Enquanto a noite avançava, o silêncio se tornava mais profundo, e a luz das estrelas era a única coisa que iluminava o caminho. De repente, Antônio ouviu o som familiar: um trotar rítmico que se aproximava rapidamente. O som das ferraduras era inconfundível, e o coração de Antônio começou a bater mais rápido.
Ele olhou ao redor, esperando ver alguma coisa, mas a rua estava vazia. O som passava por ele, como se o cavalo invisível estivesse correndo ao seu lado, e depois se afastava, até desaparecer na distância.
Apesar de não ter visto nada, Antônio sentiu um arrepio na espinha. Ele percebeu que o cavalo fantasma não era apenas uma história para assustar as pessoas, mas parte do folclore e do mistério que envolvia a cidade.
Nos anos seguintes, à medida que Birigui crescia e a eletricidade chegava aos bairros, o som do cavalo fantasma tornou-se menos frequente. No entanto, a lenda permaneceu viva nas conversas e memórias dos moradores.
Antônio, agora adulto, continuava a contar a história para seus filhos e netos, preservando a lenda do cavalo que corria à meia-noite, um lembrete dos dias em que o mistério e a imaginação enchiam as ruas escuras de Birigui.
terça-feira, 6 de agosto de 2024
A Lenda da Coruja no Portão à Meia-Noite
A Coruja no Portão à Meia-Noite
Na pequena cidade de Santa Clara, as noites eram tranquilas, pontuadas apenas pelo som dos grilos e do vento suave nas árvores. No entanto, havia uma lenda que fazia os moradores se encolherem de medo quando a lua cheia iluminava o céu: a lenda da coruja no portão.
Diziam que se uma coruja se empoleirasse no seu portão à meia-noite e você mostrasse os dentes para ela, e ela cantasse três vezes, seria sinal de mau agouro, trazendo má sorte para quem estivesse na casa.
Lucas, um jovem curioso de 16 anos, sempre escutou essa história contada por sua avó, que jurava ter conhecido pessoas que sofreram com o mau agouro após o encontro com a coruja. Ele não acreditava muito, achando que era apenas uma superstição antiga. Mas naquela noite, algo estranho aconteceu.
Era uma noite de verão, e a lua estava cheia e brilhante no céu. Lucas estava voltando para casa após passar a noite jogando videogame na casa de um amigo. Quando se aproximou de sua casa, notou algo diferente no portão: uma coruja grande e imponente estava pousada ali, olhando diretamente para ele com olhos amarelos penetrantes.
Lembrando-se da lenda, Lucas hesitou por um momento, mas sua curiosidade era maior que seu medo. Ele deu um passo à frente e, meio sorrindo, meio nervoso, mostrou os dentes para a coruja.
A coruja não se moveu por um momento, e então soltou um som profundo e ressonante: "Uh-hu! Uh-hu! Uh-hu!" Três vezes, como dizia a lenda.
Um arrepio percorreu a espinha de Lucas. Ele ficou ali, parado, enquanto a coruja voava silenciosamente para longe, desaparecendo na escuridão.
Nos dias seguintes, Lucas começou a sentir que algo estava errado. Pequenas coisas começaram a dar errado: ele perdeu o celular, a nota de uma prova importante foi mais baixa do que o esperado, e uma discussão com um amigo próximo deixou-o chateado.
Sua avó, ao ouvir o que tinha acontecido, ficou alarmada. "Eu te avisei sobre a coruja, Lucas! Você precisa tomar cuidado. Esse tipo de mau agouro não é brincadeira."
Determinada a reverter o azar, a avó de Lucas sugeriu um ritual para afastar a má sorte. Juntos, eles acenderam velas brancas e disseram uma oração especial, pedindo proteção e renovação de boas energias.
Com o passar do tempo, as coisas começaram a melhorar. Lucas encontrou seu celular em um lugar inesperado, suas notas voltaram a subir, e ele conseguiu resolver a discussão com o amigo. Aos poucos, a sensação de mau agouro foi se dissipando.
A experiência com a coruja no portão deixou Lucas mais atento às antigas lendas e tradições de sua cidade. Ele aprendeu a respeitar as histórias que ouvira desde criança, entendendo que mesmo as superstições podem carregar lições importantes.
E, embora continuasse cético, nunca mais subestimou o poder das histórias que circulavam por Santa Clara, especialmente quando a lua cheia iluminava o céu.
quarta-feira, 17 de julho de 2024
O Lobisomem às Margens do Tietê
As margens do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo, uma neblina espessa se arrastava pelo chão, criando um cenário quase surreal. Sob uma das pontes que levava ao sentido Barueri, o som do trânsito acima era constante, mas lá embaixo, tudo parecia mais silencioso, quase isolado do mundo lá fora.
Júlio e Marcos, dois amigos de escola, estavam embaixo da ponte procurando sapos para uma pesquisa de biologia. Com lanternas em mãos, eles examinavam o solo úmido e as pequenas poças de água, atentos a qualquer movimento. O projeto escolar exigia que coletassem informações sobre os anfíbios da região, mas naquela noite, encontrariam algo muito mais perturbador.
"Ei, você viu isso?" Júlio sussurrou, parando de repente.
Marcos olhou para onde Júlio apontava e seus olhos se arregalaram de medo e incredulidade. Na penumbra, entre as sombras da ponte, uma criatura metade homem, metade lobo se movia silenciosamente. A luz da lua cheia revelava seus olhos brilhantes, dentes afiados e um corpo musculoso coberto de pelos escuros e desgrenhados.
A criatura parecia ciente da presença dos meninos. Por um momento, o tempo pareceu parar. Júlio e Marcos mal podiam respirar, temendo que qualquer movimento ou som chamasse ainda mais a atenção do monstro.
"Vamos sair daqui... devagar...", sussurrou Marcos, sua voz trêmula.
Com o máximo de cuidado, começaram a se afastar, tentando não fazer barulho. No entanto, o silêncio foi quebrado pelo som de um galho se partindo sob o pé de Júlio. A criatura virou a cabeça abruptamente na direção deles, soltando um rosnado profundo que ecoou pelo espaço vazio sob a ponte.
O coração de Marcos disparou. "Corre!" ele gritou, e ambos começaram a correr o mais rápido que podiam, seus passos ecoando no chão úmido e desigual.
Subiram rapidamente a ladeira que levava à pista, as bicicletas estavam escondidas atrás de alguns arbustos. Sem olhar para trás, montaram nas bicicletas e pedalavam com todas as suas forças. O som dos pneus no asfalto e o vento no rosto era a única coisa que conseguiam focar, tentando deixar para trás a imagem aterrorizante da criatura.
Enquanto se afastavam do rio Tietê e da ponte, começaram a sentir um pouco de alívio. Ainda assim, a adrenalina os impulsionava a continuar pedalando, não se atrevendo a parar até estarem bem longe dali.
Finalmente, chegaram a um local mais movimentado e seguro, onde diminuíram a velocidade e pararam para recuperar o fôlego. Ofegantes e suando frio, eles se olharam, ainda tentando processar o que havia acontecido.
"Isso foi real?" perguntou Júlio, ainda tremendo.
"Foi", respondeu Marcos, com os olhos arregalados. "E a gente precisa contar pra alguém. Não podem continuar ignorando o que está acontecendo aqui."
Determinaram que iriam contar a seus pais e professores sobre a criatura que encontraram, esperando que alguém acreditasse em sua história e tomasse providências. Naquela noite, Júlio e Marcos sabiam que a pesquisa escolar havia tomado um rumo completamente inesperado, e que o que viram não seria facilmente esquecido.
Fonte: estranhoeincrivel.blogspot.com
sexta-feira, 24 de maio de 2024
Encontro com a caipora...

Fonte imagem: conafer.org.br
Era tarde de domingo um 15:30, João, o pedreiro, partiu a pé em direção ao bar, deixando para trás o canteiro de obras onde passara os últimos dias. Com a estrada de terra batida estendendo-se à sua frente, ele caminhou determinado, ansioso por um momento de descanso e talvez um pouco de conversa com os frequentadores locais.
Após uma caminhada de cerca de 3 km, João finalmente chegou ao modesto bar na beira da estrada. Cumprimentou o dono, Seu Antônio, e pediu uma cerveja gelada enquanto comprava as velas que precisava pois na obra não havia luz elétrica.
O tempo passou rápido enquanto João desfrutava de sua cerveja e conversava com os outros frequentadores do bar. Quando percebeu que já era tarde, decidiu que era hora de voltar. Agradecendo a hospitalidade de Seu Antônio, ele se despediu e começou sua jornada de volta.
No entanto, o sol começou a se pôr mais rápido do que ele esperava. A luz do dia começou a desaparecer rapidamente, deixando João com uma sensação de urgência enquanto ele apressava o passo pela estrada escura e deserta.
Com cada passo, a escuridão ao redor dele parecia engolir a paisagem, e João sentia um leve arrepio percorrer sua espinha. Ele apertou o passo, desejando estar de volta a obra junto de seu companheiros antes que a noite caísse completamente.
À medida que caminhava começou a ouvir assobios, que continuavam a ecoar ao seu redor enquanto caminha com pressa, João sentiu um arrepio ainda maior quando uma figura misteriosa emergiu das sombras. Era a Caipora, a entidade protetora das florestas, que agora estava diante dele, com seus olhos brilhantes e um sorriso travesso nos lábios.
Com o coração acelerado, João observou enquanto a Caipora se aproximava e o olhava nos olhos, parando na sua frente pediu pinga e funo, sua voz soando estranhamente familiar e ao mesmo tempo sobrenatural. João sabia que não era sábio desafiar a Caipora, então, engolindo em seco, ele tirou uma garrafa de pinga de sua mochila e ofereceu para a criatura.
A Caipora aceitou a oferta com um aceno de cabeça e, em seguida, a entidade pediu um fumo a João, nervoso, pensou rapidamente em algo que pudesse satisfazer a Caipora e protegê-lo de qualquer mal.
Com as mãos trêmulas, ele tirou um pedaço de fumo de sua mochila e ofereceu para a Caipora. A criatura sorriu satisfeita e, com um gesto de gratidão, desapareceu na escuridão da noite, deixando para trás um João aliviado e grato por ter escapado ileso de seu encontro com a entidade misteriosa.
Enquanto João continuava sua jornada de volta para casa, ele refletia sobre o encontro com a Caipora e a importância de respeitar as a mata. Ele sabia que, a partir daquele dia, sempre levaria consigo um pedaço de fumo para a Caipora que estava ali entre as florestas escuras e cheias de mistérios do interior do Mato Grosso do Sul.
Blog Estranho e Incrível
quarta-feira, 15 de maio de 2024
A loira do banheiro....
Na escola, a lenda da Loira do Banheiro tomava formas cada vez mais perturbadoras. Dizia-se que, quando ela aparecia, seus olhos eram tão negros quanto a noite mais escura, e lágrimas de sangue escorriam por suas bochechas pálidas.
Os relatos dos corajosos que ousaram entrar no banheiro proibido descreviam uma cena ainda mais horripilante: a loira, com cabelos emaranhados e molhados, segurava um pedaço de algodão ensanguentado no nariz, como se estivesse tentando estancar um sangramento interminável.
Sua presença era acompanhada por um silêncio mortal, quebrado apenas pelo som perturbador de seu choro sangrento ecoando pelas paredes frias do banheiro. Aqueles que testemunharam essa cena macabra eram deixados em estado de choque, incapazes de esquecer o terror que experimentaram.
Essa versão da história se espalhou pela escola como fogo em uma floresta seca, aumentando ainda mais o medo e a superstição entre os alunos e professores. A simples menção do nome da Loira do Banheiro era o suficiente para fazer com que arrepios percorressem a espinha de qualquer um.
Assim, a lenda continuava a crescer, alimentada pelos medos e pela imaginação fértil dos que frequentavam aquela escola sombria. E mesmo que alguns duvidassem de sua veracidade, ninguém ousava desafiar a possibilidade de um encontro com a terrível e misteriosa Loira do Banheiro.
sexta-feira, 5 de abril de 2024
O Lobisomem na Janela
Na pacata vila de Osasco, onde as ruas eram estreitas e os vizinhos se conheciam pelo nome, uma sexta-feira de lua cheia trouxe consigo uma história arrepiante que ecoaria por gerações.
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| Fonte imagem: pixabay |
Era uma noite como outra qualquer, e as crianças da vila brincavam despreocupadas pelas ruas iluminadas pelo brilho prateado da lua cheia. Entre risadas e brincadeiras, reuniam-se na rua em frente à casa da Sra. Clara, uma das vizinhas mais antigas e sábias do bairro.
Sra. Clara, com seus cabelos grisalhos e olhos cheios de mistério, compartilhou uma história que fez arrepiar até os mais corajosos. Remontava aos tempos de sua infância em um sítio distante no inteiror paulista, onde a luz elétrica ainda não havia chegado e as noites eram envoltas em trevas.
Ela contou sobre uma noite terrível em que um lobisomem, criatura ancestral dos contos de fada e lendas do interior, invadiu o sossego de sua casa. Era uma noite semelhante àquela, de lua cheia e estrelas cintilantes, quando a criatura se aproximou sorrateiramente da janela do quarto onde repousava um bebê inocente, ainda não batizado.
Com olhos faiscantes e dentes afiados, o lobisomem espreitava o berço, observando a criança com uma mistura de fascínio e malícia. O latido dos cachorros rompeu o silêncio da noite, alertando a avó e a mãe do bebê, que correram para o quarto em um misto de terror e determinação.
Ao se depararem com a visão horrenda da criatura peluda à janela, elas gritaram de pavor e, agarrando o bebê, fugiram para a sala, seguidas pelo avô munido de um facão. O lobisomem, percebendo que sua presa escapara, desapareceu na escuridão da noite, deixando para trás apenas o eco de seus passos e o odor de medo.
Desde aquele fatídico dia, o sítio da família nunca mais foi o mesmo. As janelas foram reforçadas com trancas e cadeados, e lamparinas acesas iluminavam a varanda durante as noites de lua cheia, como uma barreira contra o terror que espreitava nas sombras.
E assim, entre sussurros e olhares furtivos, a história do lobisomem contada pela Sra. Clara passou a fazer parte da lembrança e fazendo medo as crianças nas noites de lua cheia e quaresma, ecoando pelos becos e vielas como um lembrete sombrio da fragilidade humana diante das forças ocultas que habitam o desconhecido.
Um conto: Blog Estranho e Incrível






