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sábado, 10 de agosto de 2024

Cinco Continentes, Cinco Lendas

 As lendas de criaturas misteriosas, como lobisomens e Sasquatch, variam de acordo com a cultura e a região. Aqui estão algumas das mais famosas lendas de criaturas sobrenaturais em cada continente:

América do Norte

  1. Lobisomem: Principalmente em regiões dos EUA e Canadá, há lendas de homens que se transformam em lobos nas noites de lua cheia.

  2. Sasquatch/Bigfoot: Criatura peluda que habita as florestas do noroeste do Pacífico.
    Fonte: cdn.kqed.org

  3. Wendigo: Espírito canibal dos nativos americanos, associado ao inverno e à fome.
    Fonte: allthatsinteresting.com

  4. Chupacabra: Criatura que suga o sangue de animais, avistada principalmente em Porto Rico, México e nos EUA.
    Fonte: onjornal.com

  5. Skinwalker: Nas lendas navajas, é um tipo de bruxo que pode se transformar em qualquer animal que desejar.
    Fonte: allthatsinteresting.com

América do Sul

  1. Lobisomem: Presente em várias culturas, principalmente no Brasil, Argentina e Paraguai.
  2. Mapinguari: Criatura semelhante ao Sasquatch, mas com características de preguiças gigantes, encontrada na Amazônia.
    Fonte: portalconteudoaberto.com.br

  3. El Pombero: Espírito travesso do folclore paraguaio que assombra as florestas.
    Fonte: listennotes.com

  4. La Llorona: Espírito de uma mulher que chora pelos filhos perdidos, comum em várias partes da América Latina.
    Fonte: vanityfair.com

  5. Cadejo: Espírito protetor na forma de um cão, presente na América Central.
    Fonte: monster.fandom.com

Europa

  1. Lobisomem: Lendas de homens-lobo são comuns em toda a Europa, especialmente na França e Alemanha.
  2. Kraken: Enorme monstro marinho das lendas escandinavas.
  3. Baba Yaga: Bruxa eslava que vive em uma cabana que se move sobre pernas de galinha.
    Fonte: aminoapps.com

  4. Banshee: Espírito irlandês que prenuncia a morte com seu grito.
  5. Selkie: Criatura do folclore escocês que pode se transformar de foca para humano.

Ásia

  1. Kappa: Criatura aquática do folclore japonês que vive em lagos e rios.
    Fonte: darrahsteffenwrites.wordpress.com

  2. Yeti: Criatura semelhante ao Sasquatch, habitante das regiões montanhosas do Himalaia.
  3. Rakshasa: Demônios ou espíritos malévolos na mitologia hindu.
  4. Aswang: Criatura mitológica filipina que pode mudar de forma e se alimenta de carne humana.
    Fonte: mythologyvault.com

  5. Jinn: Espíritos da mitologia árabe que podem ser tanto benevolentes quanto malignos.

África

  1. Tikoloshe: Espírito travesso da mitologia zulu que pode causar danos ou até mesmo a morte.
  2. Imbunche: Criatura deformada do folclore chilote (na África, o equivalente seria o Adze, um espírito vampírico).
  3. Mokele-Mbembe: Criatura semelhante a um dinossauro que supostamente habita o rio Congo.
    Fonte: facebook.com/obcecadosporlendas

  4. Eloko: Espíritos canibais da floresta, da mitologia dos povos Mongo do Congo.
  5. Grootslang: Serpente gigante da mitologia sul-africana.
    Fonte: opensea.io

Oceania

  1. Bunyip: Monstro aquático que habita pântanos e rios na Austrália.
    Fonte: oldworldgods.com

  2. Yowie: Criatura semelhante ao Sasquatch, conhecida na Austrália.
  3. Māori Taniwha: Guardião das águas da mitologia maori, tanto protetor quanto destrutivo.
    Fonte: portal-dos-mitos.blogspot.com

  4. Moehau: Outra criatura semelhante ao Sasquatch, relatada na Nova Zelândia.
    Fonte: walkingtheshadowlands.com

  5. Drop Bear: Criatura fictícia, contada em tom de brincadeira na Austrália, que supostamente se deixa cair sobre suas presas das árvores.

Essas lendas refletem a rica tapeçaria de histórias e crenças que compõem o folclore de cada região, muitas vezes servindo como uma forma de explicar o inexplicável ou como advertências para comportamentos socialmente indesejáveis.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

O Cavalo Fantasma de Birigui?

 O Cavalo Fantasma de Birigui

Nos anos 50 e 60, Birigui era uma cidade em expansão, com poucas casas e ainda sem iluminação elétrica em muitos bairros. À noite, as ruas eram escuras e silenciosas, exceto por um som que aterrorizava os moradores: o trotar de um cavalo invisível.

A lenda do cavalo fantasma correndo à meia-noite entre os bairros de Fátima e Santo Antônio se espalhou rapidamente pela cidade. Diziam que, em noites de céu limpo, quando o silêncio era absoluto, podia-se ouvir claramente o som de ferraduras batendo contra o chão de terra, como se um cavalo estivesse galopando a toda velocidade.

Os moradores mais antigos contavam que o cavalo pertencia a uma fazenda onde havia um escravo que, décadas antes, havia desaparecido sem deixar vestígios e o fazendeiro mesmo depois de morrer ainda o procurava. Alguns diziam que ele era um viajante solitário, enquanto outros afirmavam que era um fazendeiro que havia feito um pacto com forças sobrenaturais. O que todos concordavam era que o cavalo continuava a correr pelas ruas, como se procurasse por seu dono perdido.

Antônio, um garoto curioso de 09 anos, adorava ouvir as histórias contadas por seus avós sobre o cavalo fantasma. Embora a lenda trouxesse medo a muitos, ele estava determinado a desvendar o mistério. Em uma noite sem nuvens, ele decidiu esperar do lado de fora de sua casa no bairro de Fátima, ansioso para ouvir o som do cavalo.

Enquanto a noite avançava, o silêncio se tornava mais profundo, e a luz das estrelas era a única coisa que iluminava o caminho. De repente, Antônio ouviu o som familiar: um trotar rítmico que se aproximava rapidamente. O som das ferraduras era inconfundível, e o coração de Antônio começou a bater mais rápido.

Ele olhou ao redor, esperando ver alguma coisa, mas a rua estava vazia. O som passava por ele, como se o cavalo invisível estivesse correndo ao seu lado, e depois se afastava, até desaparecer na distância.

Apesar de não ter visto nada, Antônio sentiu um arrepio na espinha. Ele percebeu que o cavalo fantasma não era apenas uma história para assustar as pessoas, mas parte do folclore e do mistério que envolvia a cidade.

Nos anos seguintes, à medida que Birigui crescia e a eletricidade chegava aos bairros, o som do cavalo fantasma tornou-se menos frequente. No entanto, a lenda permaneceu viva nas conversas e memórias dos moradores.

Antônio, agora adulto, continuava a contar a história para seus filhos e netos, preservando a lenda do cavalo que corria à meia-noite, um lembrete dos dias em que o mistério e a imaginação enchiam as ruas escuras de Birigui.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

A Lenda da Coruja no Portão à Meia-Noite

A Coruja no Portão à Meia-Noite

Na pequena cidade de Santa Clara, as noites eram tranquilas, pontuadas apenas pelo som dos grilos e do vento suave nas árvores. No entanto, havia uma lenda que fazia os moradores se encolherem de medo quando a lua cheia iluminava o céu: a lenda da coruja no portão.

Diziam que se uma coruja se empoleirasse no seu portão à meia-noite e você mostrasse os dentes para ela, e ela cantasse três vezes, seria sinal de mau agouro, trazendo má sorte para quem estivesse na casa.

Lucas, um jovem curioso de 16 anos, sempre escutou essa história contada por sua avó, que jurava ter conhecido pessoas que sofreram com o mau agouro após o encontro com a coruja. Ele não acreditava muito, achando que era apenas uma superstição antiga. Mas naquela noite, algo estranho aconteceu.

Era uma noite de verão, e a lua estava cheia e brilhante no céu. Lucas estava voltando para casa após passar a noite jogando videogame na casa de um amigo. Quando se aproximou de sua casa, notou algo diferente no portão: uma coruja grande e imponente estava pousada ali, olhando diretamente para ele com olhos amarelos penetrantes.

Lembrando-se da lenda, Lucas hesitou por um momento, mas sua curiosidade era maior que seu medo. Ele deu um passo à frente e, meio sorrindo, meio nervoso, mostrou os dentes para a coruja.

A coruja não se moveu por um momento, e então soltou um som profundo e ressonante: "Uh-hu! Uh-hu! Uh-hu!" Três vezes, como dizia a lenda.

Um arrepio percorreu a espinha de Lucas. Ele ficou ali, parado, enquanto a coruja voava silenciosamente para longe, desaparecendo na escuridão.

Nos dias seguintes, Lucas começou a sentir que algo estava errado. Pequenas coisas começaram a dar errado: ele perdeu o celular, a nota de uma prova importante foi mais baixa do que o esperado, e uma discussão com um amigo próximo deixou-o chateado.

Sua avó, ao ouvir o que tinha acontecido, ficou alarmada. "Eu te avisei sobre a coruja, Lucas! Você precisa tomar cuidado. Esse tipo de mau agouro não é brincadeira."

Determinada a reverter o azar, a avó de Lucas sugeriu um ritual para afastar a má sorte. Juntos, eles acenderam velas brancas e disseram uma oração especial, pedindo proteção e renovação de boas energias.

Com o passar do tempo, as coisas começaram a melhorar. Lucas encontrou seu celular em um lugar inesperado, suas notas voltaram a subir, e ele conseguiu resolver a discussão com o amigo. Aos poucos, a sensação de mau agouro foi se dissipando.

A experiência com a coruja no portão deixou Lucas mais atento às antigas lendas e tradições de sua cidade. Ele aprendeu a respeitar as histórias que ouvira desde criança, entendendo que mesmo as superstições podem carregar lições importantes.

E, embora continuasse cético, nunca mais subestimou o poder das histórias que circulavam por Santa Clara, especialmente quando a lua cheia iluminava o céu.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

O Lobisomem às Margens do Tietê

 As margens do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo, uma neblina espessa se arrastava pelo chão, criando um cenário quase surreal. Sob uma das pontes que levava ao sentido Barueri, o som do trânsito acima era constante, mas lá embaixo, tudo parecia mais silencioso, quase isolado do mundo lá fora.

Júlio e Marcos, dois amigos de escola, estavam embaixo da ponte procurando sapos para uma pesquisa de biologia. Com lanternas em mãos, eles examinavam o solo úmido e as pequenas poças de água, atentos a qualquer movimento. O projeto escolar exigia que coletassem informações sobre os anfíbios da região, mas naquela noite, encontrariam algo muito mais perturbador.

"Ei, você viu isso?" Júlio sussurrou, parando de repente.

Marcos olhou para onde Júlio apontava e seus olhos se arregalaram de medo e incredulidade. Na penumbra, entre as sombras da ponte, uma criatura metade homem, metade lobo se movia silenciosamente. A luz da lua cheia revelava seus olhos brilhantes, dentes afiados e um corpo musculoso coberto de pelos escuros e desgrenhados.

A criatura parecia ciente da presença dos meninos. Por um momento, o tempo pareceu parar. Júlio e Marcos mal podiam respirar, temendo que qualquer movimento ou som chamasse ainda mais a atenção do monstro.

"Vamos sair daqui... devagar...", sussurrou Marcos, sua voz trêmula.

Com o máximo de cuidado, começaram a se afastar, tentando não fazer barulho. No entanto, o silêncio foi quebrado pelo som de um galho se partindo sob o pé de Júlio. A criatura virou a cabeça abruptamente na direção deles, soltando um rosnado profundo que ecoou pelo espaço vazio sob a ponte.

O coração de Marcos disparou. "Corre!" ele gritou, e ambos começaram a correr o mais rápido que podiam, seus passos ecoando no chão úmido e desigual.

Subiram rapidamente a ladeira que levava à pista, as bicicletas estavam escondidas atrás de alguns arbustos. Sem olhar para trás, montaram nas bicicletas e pedalavam com todas as suas forças. O som dos pneus no asfalto e o vento no rosto era a única coisa que conseguiam focar, tentando deixar para trás a imagem aterrorizante da criatura.

Enquanto se afastavam do rio Tietê e da ponte, começaram a sentir um pouco de alívio. Ainda assim, a adrenalina os impulsionava a continuar pedalando, não se atrevendo a parar até estarem bem longe dali.

Finalmente, chegaram a um local mais movimentado e seguro, onde diminuíram a velocidade e pararam para recuperar o fôlego. Ofegantes e suando frio, eles se olharam, ainda tentando processar o que havia acontecido.

"Isso foi real?" perguntou Júlio, ainda tremendo.

"Foi", respondeu Marcos, com os olhos arregalados. "E a gente precisa contar pra alguém. Não podem continuar ignorando o que está acontecendo aqui."

Determinaram que iriam contar a seus pais e professores sobre a criatura que encontraram, esperando que alguém acreditasse em sua história e tomasse providências. Naquela noite, Júlio e Marcos sabiam que a pesquisa escolar havia tomado um rumo completamente inesperado, e que o que viram não seria facilmente esquecido.

Fonte: estranhoeincrivel.blogspot.com

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Encontro com a caipora...

Fonte imagem: conafer.org.br

Era tarde de domingo um 15:30, João, o pedreiro, partiu a pé em direção ao bar, deixando para trás o canteiro de obras onde passara os últimos dias. Com a estrada de terra batida estendendo-se à sua frente, ele caminhou determinado, ansioso por um momento de descanso e talvez um pouco de conversa com os frequentadores locais.

Após uma caminhada de cerca de 3 km, João finalmente chegou ao modesto bar na beira da estrada. Cumprimentou o dono, Seu Antônio, e pediu uma cerveja gelada enquanto comprava as velas que precisava pois na obra não havia luz elétrica.

O tempo passou rápido enquanto João desfrutava de sua cerveja e conversava com os outros frequentadores do bar. Quando percebeu que já era tarde, decidiu que era hora de voltar. Agradecendo a hospitalidade de Seu Antônio, ele se despediu e começou sua jornada de volta.

No entanto, o sol começou a se pôr mais rápido do que ele esperava. A luz do dia começou a desaparecer rapidamente, deixando João com uma sensação de urgência enquanto ele apressava o passo pela estrada escura e deserta.

Com cada passo, a escuridão ao redor dele parecia engolir a paisagem, e João sentia um leve arrepio percorrer sua espinha. Ele apertou o passo, desejando estar de volta a obra junto de seu companheiros antes que a noite caísse completamente.

À medida que caminhava começou a ouvir assobios, que continuavam a ecoar ao seu redor enquanto caminha com pressa, João sentiu um arrepio ainda maior quando uma figura misteriosa emergiu das sombras. Era a Caipora, a entidade protetora das florestas, que agora estava diante dele, com seus olhos brilhantes e um sorriso travesso nos lábios.

Com o coração acelerado, João observou enquanto a Caipora se aproximava e o olhava nos olhos, parando na sua frente pediu pinga e funo, sua voz soando estranhamente familiar e ao mesmo tempo sobrenatural. João sabia que não era sábio desafiar a Caipora, então, engolindo em seco, ele tirou uma garrafa de pinga de sua mochila e ofereceu para a criatura.

A Caipora aceitou a oferta com um aceno de cabeça e, em seguida, a entidade pediu um fumo a João, nervoso, pensou rapidamente em algo que pudesse satisfazer a Caipora e protegê-lo de qualquer mal.

Com as mãos trêmulas, ele tirou um pedaço de fumo de sua mochila e ofereceu para a Caipora. A criatura sorriu satisfeita e, com um gesto de gratidão, desapareceu na escuridão da noite, deixando para trás um João aliviado e grato por ter escapado ileso de seu encontro com a entidade misteriosa.

Enquanto João continuava sua jornada de volta para casa, ele refletia sobre o encontro com a Caipora e a importância de respeitar as a mata. Ele sabia que, a partir daquele dia, sempre levaria consigo um pedaço de fumo para a Caipora que estava ali entre as florestas escuras e cheias de mistérios do interior do Mato Grosso do Sul.

Blog Estranho e Incrível

quarta-feira, 15 de maio de 2024

A loira do banheiro....


Na escola, a lenda da Loira do Banheiro tomava formas cada vez mais perturbadoras. Dizia-se que, quando ela aparecia, seus olhos eram tão negros quanto a noite mais escura, e lágrimas de sangue escorriam por suas bochechas pálidas.

Os relatos dos corajosos que ousaram entrar no banheiro proibido descreviam uma cena ainda mais horripilante: a loira, com cabelos emaranhados e molhados, segurava um pedaço de algodão ensanguentado no nariz, como se estivesse tentando estancar um sangramento interminável.

Sua presença era acompanhada por um silêncio mortal, quebrado apenas pelo som perturbador de seu choro sangrento ecoando pelas paredes frias do banheiro. Aqueles que testemunharam essa cena macabra eram deixados em estado de choque, incapazes de esquecer o terror que experimentaram.

Essa versão da história se espalhou pela escola como fogo em uma floresta seca, aumentando ainda mais o medo e a superstição entre os alunos e professores. A simples menção do nome da Loira do Banheiro era o suficiente para fazer com que arrepios percorressem a espinha de qualquer um.

Assim, a lenda continuava a crescer, alimentada pelos medos e pela imaginação fértil dos que frequentavam aquela escola sombria. E mesmo que alguns duvidassem de sua veracidade, ninguém ousava desafiar a possibilidade de um encontro com a terrível e misteriosa Loira do Banheiro.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

O Lobisomem na Janela

Na pacata vila de Osasco, onde as ruas eram estreitas e os vizinhos se conheciam pelo nome, uma sexta-feira de lua cheia trouxe consigo uma história arrepiante que ecoaria por gerações.

Fonte imagem: pixabay

Era uma noite como outra qualquer, e as crianças da vila brincavam despreocupadas pelas ruas iluminadas pelo brilho prateado da lua cheia. Entre risadas e brincadeiras, reuniam-se na rua em frente à casa da Sra. Clara, uma das vizinhas mais antigas e sábias do bairro.

Sra. Clara, com seus cabelos grisalhos e olhos cheios de mistério, compartilhou uma história que fez arrepiar até os mais corajosos. Remontava aos tempos de sua infância em um sítio distante no inteiror paulista, onde a luz elétrica ainda não havia chegado e as noites eram envoltas em trevas.

Ela contou sobre uma noite terrível em que um lobisomem, criatura ancestral dos contos de fada e lendas do interior, invadiu o sossego de sua casa. Era uma noite semelhante àquela, de lua cheia e estrelas cintilantes, quando a criatura se aproximou sorrateiramente da janela do quarto onde repousava um bebê inocente, ainda não batizado.

Com olhos faiscantes e dentes afiados, o lobisomem espreitava o berço, observando a criança com uma mistura de fascínio e malícia. O latido dos cachorros rompeu o silêncio da noite, alertando a avó e a mãe do bebê, que correram para o quarto em um misto de terror e determinação.

Ao se depararem com a visão horrenda da criatura peluda à janela, elas gritaram de pavor e, agarrando o bebê, fugiram para a sala, seguidas pelo avô munido de um facão. O lobisomem, percebendo que sua presa escapara, desapareceu na escuridão da noite, deixando para trás apenas o eco de seus passos e o odor de medo.

Desde aquele fatídico dia, o sítio da família nunca mais foi o mesmo. As janelas foram reforçadas com trancas e cadeados, e lamparinas acesas iluminavam a varanda durante as noites de lua cheia, como uma barreira contra o terror que espreitava nas sombras.

E assim, entre sussurros e olhares furtivos, a história do lobisomem contada pela Sra. Clara passou a fazer parte da lembrança e fazendo medo as crianças nas noites de lua cheia e quaresma, ecoando pelos becos e vielas como um lembrete sombrio da fragilidade humana diante das forças ocultas que habitam o desconhecido.

Um conto: Blog Estranho e Incrível

sexta-feira, 29 de março de 2024

A Luz da Estrada

Nas vastas terras do interior de São Paulo, entre os pomares de ponkan e os campos verdejantes, erguia-se uma fazenda envolta em mistérios e lendas. Era para lá que um grupo de crianças ansiosas se dirigia, em uma viagem de trem repleta de expectativas e aventuras.

Fonte imagem: coelhonews

A fazenda pertencia ao tio João, um homem misterioso cuja presença imponente inspirava respeito e reverência. Os dias na fazenda prometiam ser repletos de diversão e descobertas, mas também ocultavam segredos sombrios, sussurrados entre os galhos das árvores e nas sombras da noite.

Após horas de viagem, o trem finalmente chegou à estação de Andradina, onde as crianças desembarcaram com olhos brilhantes de excitação. Guiados pelo tio João, seguiram por estradas sinuosas e caminhos rurais até alcançarem a fazenda, cuja silhueta se destacava contra o horizonte.

Ao entardecer, quando o sol começava a se pôr no horizonte, as crianças se reuniam em volta de uma fogueira, ansiosas para ouvir as histórias que ecoavam pela vastidão dos campos. Foi então que as primeiras lendas começaram a ser contadas.

Entre os relatos de antigos fantasmas e criaturas da floresta, surgiu uma história que capturou a imaginação de todos: a lenda da Luz da Estrada. Diziam que, nas noites de lua cheia, uma luz misteriosa aparecia na estradinha que vinha da cidade, flutuando como uma chama dançante no ar. Uns a chamavam de "Mãe da Lua", outros de "Fogo Fátuo", mas todos concordavam que era um presságio sinistro.

O tio João, figura enigmática que raramente falava sobre seus próprios medos, compartilhou uma experiência pessoal com a Luz da Estrada. Ele contou como, certa noite, voltando da cidade, a luz o acompanhou até a porteira da fazenda, enchendo seu coração de temor e inquietação.

À medida que a noite avançava e a fogueira crepitava, as sombras se agigantavam ao redor do grupo de crianças, alimentando o suspense e a apreensão. Cada som da floresta se tornava um indício de algo além da compreensão humana, e o brilho da lua cheia parecia iluminar os segredos ocultos nas profundezas da mata.

Ao final da noite, quando as brasas da fogueira se apagavam e o silêncio envolvia a fazenda em seu manto escuro, as crianças voltavam para suas camas com os olhos cheios de curiosidade e o coração repleto de mistério. E embora a verdade por trás da Luz da Estrada permanecesse um enigma, a memória daquela noite de mistério e encantamento na fazenda do tio João permaneceria viva em suas mentes, como um lembrete das maravilhas e perigos que espreitam nas sombras da noite. 

Um conto: Blog Estranho e Incrível

sexta-feira, 1 de março de 2024

Noites de lua cheia e quaresma

Noites de lua cheia...

Na pacata cidade de Birigui, onde o tempo seguia um ritmo calmo e tranquilo, os anos 70 trouxeram consigo um fenômeno singular e intrigante. Era época de quaresma, uma temporada em que as tradições e superstições se entrelaçavam, criando um pano de fundo para a lenda do lobisomem.

As primeiras histórias surgiram nos campos do bairro de Tupi, mas logo se espalharam como fumaça, alcançando os limites do bairro Vila Real, próximo à linha férrea. Dizia-se que, nas noites de lua cheia durante a quaresma, a criatura meio homem, meio lobo, emergia das sombras para caminhar entre os trilhos e cruzar os campos.

A comunidade, já imersa na atmosfera mística da quaresma, viu-se envolta em um novo mistério. O temor das aparições do lobisomem se misturava com as práticas religiosas, criando uma teia complexa de crenças e medos. As rezas ganharam um tom mais profundo, e as procissões noturnas adquiriram uma carga de expectativa e apreensão.

Os relatos multiplicaram-se: moradores afirmavam ter visto olhos brilhantes entre as árvores, e alguns juravam ter ouvido uivos que cortavam a noite. A lenda do lobisomem tornou-se, assim, uma espécie de mito urbano rural, uma narrativa que entrelaçava elementos sobrenaturais com a tradição religiosa.

Os encontros com o lobisomem eram, muitas vezes, descritos como fugazes e misteriosos. Testemunhas afirmavam que a criatura parecia sentir a presença das pessoas antes mesmo de ser vista, desaparecendo nas sombras como se fosse parte do próprio tecido da noite.

A cidade, que já vibrava com histórias de fazendas e trabalhos nos campos, encontrou na lenda do lobisomem um novo capítulo, onde a natureza, a espiritualidade e o sobrenatural se entrelaçavam de maneira única. Os trilhos da linha férrea, que antes eram símbolo de conexão, agora eram percorridos por uma sombra que despertava, ao mesmo tempo, medo e fascínio.

Assim, Birigui viu-se imersa em um tempo onde as histórias de lobisomens teciam uma nova trama na tapeçaria da cidade, adicionando uma camada de mistério e encanto que resistiu ao fluxo dos anos. A lenda do lobisomem de Birigui, nascida na quaresma dos anos 70, permanece viva nas memórias da cidade, uma história que se entrelaça com as noites de lua cheia e os trilhos da linha férrea, onde o real e o místico se encontram.

sábado, 25 de novembro de 2023

A Menina Destemida na Escuridão

Certo dia uma menina corajosa que caminhava solitária por uma estrada deserta. A noite caía rapidamente, e o relógio apontava quase meia-noite. Os rumores da vila ecoavam em seus ouvidos, alertando sobre um homem recluso que diziam ter o dom de se transformar em lobisomem. As árvores ao longo da estrada sussurravam segredos, suas sombras dançavam ao ritmo do vento noturno. A menina, contudo, não se deixava intimidar. Seu coração pulsava com uma curiosidade destemida.

A luz fraca da lua cheia começou a iluminar o caminho diante dela. Cada passo ecoava na estrada deserta, e a menina se perguntava se as histórias sobre o homem-lobo eram reais ou apenas lendas da vila. De repente, um uivo ecoou na noite, enviando calafrios pela espinha da menina. Seu olhar aguçado examinava as sombras, procurando por qualquer indício do homem que, diziam, se transformava sob o manto prateado da lua. A estrada parecia se encolher à medida que a meia-noite se aproximava. Os galhos das árvores formavam silhuetas ameaçadoras, mas a menina persistia em sua jornada. Seus passos ressoavam determinação, desafiando as histórias que pairavam no ar noturno. 

Então, entre as sombras, uma figura surgiu. O coração da menina disparou, mas ela manteve os olhos fixos. Era apenas um homem, não um lobo. Seus olhos se encontraram por um breve momento, e a menina percebeu que, por trás das histórias assustadoras, havia uma humanidade que todos os outros pareciam ter esquecido. O homem olhou para a menina com surpresa e, em seguida, desviou o olhar, desaparecendo na escuridão. A menina continuou seu caminho, agora com uma história própria para contar. À medida que a estrada se estendia, ela se perguntava quantas outras histórias aguardavam ser descobertas nas sombras da noite.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Conheça ou relembre as principais histórias que circulavam na cidade nos últimos tempos

 Santa Casa de Misericórdia 

O prédio abandonado do antigo hospital da Santa Casa de Misericórdia é repleto de histórias macabras de pessoas que se aventuraram a explorar o local ou passavam próximo a ele, no centro de Manaus. 

Um dos casos mais recentes, foi o vídeo postado em maio de 2019 no Youtube, onde o canal chamado Baiano Vicente, explorava os locais abandonados e lendas urbanas. No vídeo, supostos policiais corriam ao ver assombrações no prédio. Entretanto, os policiais se tratavam apenas de caçadores de emoção.  quer saber sobre outras lendas de Manaus veja aqui em Mais...

Fonte e matéria completa: portalamazonia.com

LENDAS URBANAS DE ARREPIAR! CONHEÇA 10 LUGARES MAL-ASSOMBRADOS EM CURITIBA

 Curitiba possui uma enorme lista de lendas urbanas que arrepiam qualquer um. Confira abaixo 10 histórias macabras de Curitiba… se tiver coragem.

Presídio do Ahú

Dizem que nos anos 70, um tarado se vestia de palhaço e perseguia mulheres com uma serra elétrica em vilas rurais da Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso e enviado para o presídio do Ahú, onde sofreu na mão de outros e morreu. A lenda diz que ele virou um fantasma, que aparecia, até o fechamento do local, em 2006, vestido de palhaço com uma serra elétrica para assustar os homens que cometeram crimes contra as mulheres. Parte do antigo presídio foi demolido para dar lugar ao Fórum Criminal e do Fórum dos Juizados Especiais do Centro Judiciário de Curitiba. Quer ver outras 9 lendas de Curitiba acesse aqui Mais...

Fonte e matéria completa: curtacuritiba.com.br

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Lenda - Cabeça de cuia

 Segundo esta lenda, certo dia Crispim saiu cedo para pescar, mas não obteve êxito em sua empreitada. Sua mãe, compadecida com a situação, pediu à vizinha algo para que pudesse fazer o almoço de seu filho. Porém, a única coisa que lhe foi oferecido foi um osso de boi, com o qual a mãe de Crispim fez uma sopa rala, sem carne, com o osso apenas para dar gosto à água, misturada com farinha. Ao voltar cansado e frustrado da pescaria, Crispim se revoltou ao ser servido com aquela sopa de osso. Em meio ao clima conflituoso de discussão, ele atirou o osso contra a própria mãe, atingindo-a na cabeça e matando-a. Antes de morrer, a mãe lançou uma maldição em Crispim, o transformando num monstro. Tomado pela culpa de ter matado sua mãe, Crispim, desesperado, põe-se a correr. Enquanto corre, sua cabeça começa a crescer como uma enorme cujuba. 

A partir de então, ele ficaria vagando entre os dois rios que percorrem longos quilômetros e se encontram em Teresina. Sua sina é vagar seis meses pelo Rio Parnaíba e seis meses pelo Rio Poty. Segundo a lenda, Crispim só será libertado da maldição quando conseguir devorar sete Marias virgens. Alguns moradores de regiões ribeirinhas afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam por ali. Outros também asseguram que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mais...

Fonte e matéria completa: pt.wikipedia.org

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Caçador jura ter visto Caipora

Que legal essa matéria sobre Caipora do portal: diariodonordeste.verdesmares.com.br

No Cariri, as figuras de lendas e mitos povoam a imaginação do povo, enriquecendo o universo do folclore. O caçador José Soares , conhecido por “Zé Mago”, residente na Serra do Quincuncá, jura de mãos juntas que já viu uma Caipora. “Eram seis horas da tarde de uma sexta-feira, dia ruim de caça. Eu já estava voltando para casa, quando apareceu uma menina morena, baixinha, com os cabelos compridos. “Os outros caçadores disseram que era uma Caipora”. 

Ao fazer a descrição, Zé Mago diz que outra vez estava em cima de uma árvore, numa espera de veado, quando apareceram dois “caboclinhos”, cortando a árvore onde estava. Ao presenciar a cena, o caçador diz que ficou assombrado e voltou para casa. 

Fonte: https://2.bp.blogspot.com/Caipora.jpg

No outro dia retornou ao local, levando um pedaço de fumo, e a árvore estava do mesmo jeito, isto é, não tinha sido cortada. Desse dia em diante, ele não viu mais a Caipora, mas sempre escuta o assobio dela. Garante que teve noticia de que a figura lendária deu uma grande surra num parente seu. Mais...

Fonte e matéria completa: diariodonordeste.verdesmares.com.br

sábado, 30 de outubro de 2021

Juarez e o lobisomem do eucalipal

Juarez que conta essa sobre o lobisomem do eucalipal. A muitos anos atrás quando ele era morador da zona rual de Coroados SP, contou que encontrou algumas galinhas mortas no fundo do sítio que tomava conta como caseiro, foram duas galinha em uma manhã e outra dois dias depois. Após houver latidos na noite anterior, como se os cães (vira-latas) estivessem nervosos ou raivosos com algum bicho. Andando pela propriedade via as aves mortas, encontrou 2 pares de asas e pés de galinha, achou que era gavião pois ali na região havia vários. Em outra manhã encontrou outra galinha destroçada, havia um fio da cerca frouxo (arame liso) no local, buscou ferramentas para arrumar a cerca e avisou outro empregado sobre o fato das galinhas. Voltando no local com as ferramentas, abaixou na cerca para esticar o arame, então percebeu na areia pegadas de cachorro, mais eram enormes e desciam em direção a um eucalipal da propriedade vizinha, como se viessem da estrada e passassem por ali justo onde não era arame farpado. Passaram se alguns dias, um conhecido disse ter topado com um bicho estranho lá na estrada quando voltava da cidade. Contou que era tarde e voltava da casa de seu parente onde jantou e conversaram muito sem ver a hora passar. Voltando de carro lá pela meia noite e quarenta, vi um vulto pensei ser um bezerro perdido, mas logo vi ele ficar de pé e entrar no mato, pensei boi não é, boi não fica de pé, chegando mais perto parecia um cachorrão, quando cheguei mais próximo ele correu para o mato, parei o carro e ouvi o mato estalando lá para os lados do eucalipal, o bicho estava correndo. 

Deu para notar o homem disse que era uma cachorrão feio, parecia com sarna. Que coisa estranha né sabiam que era lua cheia, também vimos aqueles dias por ali na região um andarilho, perguntando se não tinha roupas para doar. Tenho certeza que era um lobisomem que andou por aqui e foi-se embora... 

Conto: RNatali Fonte imagem: mundocultura.com.br

Notícias: "Aparições de Lobisomem"

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