Fonte imagem: conafer.org.br
Era tarde de domingo um 15:30, João, o pedreiro, partiu a pé em direção ao bar, deixando para trás o canteiro de obras onde passara os últimos dias. Com a estrada de terra batida estendendo-se à sua frente, ele caminhou determinado, ansioso por um momento de descanso e talvez um pouco de conversa com os frequentadores locais.
Após uma caminhada de cerca de 3 km, João finalmente chegou ao modesto bar na beira da estrada. Cumprimentou o dono, Seu Antônio, e pediu uma cerveja gelada enquanto comprava as velas que precisava pois na obra não havia luz elétrica.
O tempo passou rápido enquanto João desfrutava de sua cerveja e conversava com os outros frequentadores do bar. Quando percebeu que já era tarde, decidiu que era hora de voltar. Agradecendo a hospitalidade de Seu Antônio, ele se despediu e começou sua jornada de volta.
No entanto, o sol começou a se pôr mais rápido do que ele esperava. A luz do dia começou a desaparecer rapidamente, deixando João com uma sensação de urgência enquanto ele apressava o passo pela estrada escura e deserta.
Com cada passo, a escuridão ao redor dele parecia engolir a paisagem, e João sentia um leve arrepio percorrer sua espinha. Ele apertou o passo, desejando estar de volta a obra junto de seu companheiros antes que a noite caísse completamente.
À medida que caminhava começou a ouvir assobios, que continuavam a ecoar ao seu redor enquanto caminha com pressa, João sentiu um arrepio ainda maior quando uma figura misteriosa emergiu das sombras. Era a Caipora, a entidade protetora das florestas, que agora estava diante dele, com seus olhos brilhantes e um sorriso travesso nos lábios.
Com o coração acelerado, João observou enquanto a Caipora se aproximava e o olhava nos olhos, parando na sua frente pediu pinga e funo, sua voz soando estranhamente familiar e ao mesmo tempo sobrenatural. João sabia que não era sábio desafiar a Caipora, então, engolindo em seco, ele tirou uma garrafa de pinga de sua mochila e ofereceu para a criatura.
A Caipora aceitou a oferta com um aceno de cabeça e, em seguida, a entidade pediu um fumo a João, nervoso, pensou rapidamente em algo que pudesse satisfazer a Caipora e protegê-lo de qualquer mal.
Com as mãos trêmulas, ele tirou um pedaço de fumo de sua mochila e ofereceu para a Caipora. A criatura sorriu satisfeita e, com um gesto de gratidão, desapareceu na escuridão da noite, deixando para trás um João aliviado e grato por ter escapado ileso de seu encontro com a entidade misteriosa.
Enquanto João continuava sua jornada de volta para casa, ele refletia sobre o encontro com a Caipora e a importância de respeitar as a mata. Ele sabia que, a partir daquele dia, sempre levaria consigo um pedaço de fumo para a Caipora que estava ali entre as florestas escuras e cheias de mistérios do interior do Mato Grosso do Sul.
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