Na pequena cidade de Birigui, nos idos dos anos 60 e 70, pairava uma aura de mistério em torno de um homem conhecido como Luizão Foieiro. Sua figura singular alimentava as conversas e lendas que ecoavam pelas vilas e ruas tranquilas da região.
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Luizão, como era chamado pelos moradores locais, tinha uma presença imponente e um jeito peculiar de se vestir. Com os pés descalços e um saco às costas, perambulava pelas vielas da cidade com passos largos e decididos. Sua estatura alta e a longa barba contribuíam para criar uma aura ainda mais enigmática em torno de sua figura.
Diziam os boatos que Luizão tinha o dom de se transformar em lobisomem nas noites de lua cheia, um rumor que se espalhava entre os moradores com a rapidez do vento. Suas aparições durante essas noites eram motivo de temor e especulação, alimentando ainda mais as lendas que cercavam sua pessoa.
Entretanto, mesmo com a aura de mistério que o envolvia, Luizão tinha sua rotina tranquila e previsível. Todas as sextas-feiras, ele, sua esposa e seu filho se reuniam em um banco próximo ao portão do cemitério da Saudade, onde passavam horas conversando e observando o movimento ao redor.
Para os mais supersticiosos, aquele banco próximo ao cemitério tornou-se um local de grande significado, alimentando ainda mais a crença de que Luizão guardava segredos sombrios. As histórias sobre suas supostas transformações em lobisomem ganhavam vida nas noites escuras e nas conversas sussurradas ao redor das fogueiras.
Assim, Luizão Foieiro tornou-se uma figura lendária na história de Birigui, uma personagem que misturava realidade e fantasia, alimentando as imaginações dos mais jovens e despertando o interesse dos mais velhos. Seja lobisomem ou simplesmente um homem com uma aura misteriosa, sua presença deixou uma marca indelével na memória da cidade, ecoando através das décadas como uma lembrança viva de tempos passados.
Um conto: Blog Estranho e Incrível