Minha tia notou quando acabou a rua estava para entrar no caminho de volta para casa, um cachorro lhe seguindo, não havia mais casas por ali, ela apertou o passo e chegou a correr, entrou em casa esqueceu até da dor de barriga. Meu avó que estava ali na sala com a luz de lamparina acessa lendo disse oque foi Inês, ela disse que tinha um cachorro seguindo ela no caminho, meu avó disse fique aqui eu vou dar uma olhada. Meu avó desceu a rua e entrou no caminho do pasto, na metade notou um homem agachado ao longe, ele viu a silhueta era lua cheia e dava para ver a sombra no chão. Meu avó disse olá tudo bem ai, o homem levantou entrou no mato e sumiu. Meu avô voltou para casa e disse a minha avó, tinha um homem lá no trio, devia estar passando mal, quando o chamei ele levantou e entrou no mato.
Mais tarde naquela noite ainda voltariam do passeio meu tio Samuel e seu primo Osmar. Lá pela 1 da manhã, os meninos estavam voltando do passeio na praça, se despediram dos amigos, dobram uma esquina e seguiram para a Vila Real, estavam conversando distraídos que nem notaram que a cidade tinha ficado para trás e estavam entrando no caminho de terra.
Quando estavam andando um vulto passou a frente, de repente um bicho feio passou a alguns metros separando os dois, sem pensar saíram correndo, assustados chegaram a casa do meu avô em poucos minutos, a porta era de tramela, bateram bateram gritando foi uma gritaria só, entraram e pediram para fechar a porta... Neste momento a cachorrada começou a latir raivosamente e a uivar, os cães nunca agiam assim. Os garotos metidos a valentes estavam assustados e tremendo, diziam que um bicho feio e orelhudo andando igual gente estava lá no caminho e correu atrás deles. Nesse momento deu para ouvir a cachorrada ali fora dando a volta na casa e latindo raivosamente ouviram alguns grunhidos igual de um porco foi distanciando e indo para outro lado perto da casa da Elza logo ali a uns 40 metros pois eram vizinhos ali na ponta da vila, foi mais uma meia hora de latidos e depois foi lá para outras bandas e tudo voltou ao normal, som de grilos a luz da lua iluminava o terreiro, dava para ver pela fresta da janela. Foram dormir então...
Durante o dia foram falar com os vizinhos, Dona Elza disse que um bicho arranhou sua porta da frente, querendo abrir estava fungando e fazia barulho como um cão ou porco, depois foi até a janela do quarto onde sua filha de alguns meses estava dormindo e tentou abrir também. Ela disse que fez silencio e rezou Pai Nosso e Ave Maria, até que o bicho saiu e foi embora. Essa história minha avó contava para a gente sempre. Foi a única vez que viram esse bicho na redondeza.
Fonte : Blog estranhoeincrivel.blogspot.com
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